Aprender a subtil diferença


"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos, presentes não são promessas. E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependeras pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento, condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás. PORTANTO, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores... E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

Susana Tamaro

Comentários

  1. "Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te "chute" quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar; aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas do que com quantos aniversários já se celebrou; aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas; aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são parvoíces; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso." e não é da Susana Tamaro :P

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  2. É teu?? :P "aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas do que com quantos aniversários já se celebrou" Isto é muito subjectivo, e dava horas de conversa. Apenas acontece quando a diferença de idades é pequena... e mesmo assim, há sempre pontos que se nota, que algo falta. Como nós dizemos, os velhotes são sempre sábios, nos assuntos da vida! Vêm sempre mais além, do que nós :)

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  3. A meu ver não tem a ver com diferença de idades, mas sim com aquilo que já viveste, aprende-se sempre alguma coisa até com uma criança.

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  4. Aprendes sim, não significa que isso mude a tua maneira de pensar ou de estar na vida. Acho que há muita coisa que se adquire com a idade... Começas a ver as coisas de outra forma, nem que seja por teres de dar um rumo diferente há tua vida. Há muita coisa que gira em volta disso, quando começas a ver os anos a passar mais depressa, dás valor a coisas que antes não davas e a isso se chama maturidade. E quanto mais avança a idade, mas isso cresce... :)

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  5. Mas sozinha não aprendes nada, aprendes com os outros, os anos podiam passar cada vez mais rápido, mas se vivesses apenas e só em tua função não precisas de ver o Mundo de mais forma nenhuma a tua bastava-te :P

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