Sinto que ainda não dissemos tudo. Sinto que nunca o faremos. Nem eu quero dizer tudo. Um dia que te diga tudo e tu tudo me digas, já não vão existir mais palavras. Nem frases soltas. Apenas gestos. E aí acontecerá o beijo.
Ontem após uma reunião e alguma conversa com os meus colegas na igreja do Espírito Santo, caminhei com uma colega que conheci recentemente até às Portas de Mouras, onde daí segui sozinha em direcção a casa, passando pelas ruas e travessas do centro histórico de Évora. Foi das poucas vezes que me encontrei aquela hora, sem efeito nenhum causado no meu corpo, estava completamente sóbria e sã. No meu caminho de pensamentos para casa, encontrei uma grande amiga, já alegre de facto e a andar um pouco torta. Abracei-a, senti o calor da amizade das pessoas que conhecemos aqui em Évora, e que são pessoas que vão ficar comigo o resto da minha vida. E assim pintei um cenário colorido das coisas boas que esta Universidade me trouxe. Pouco mais a frente, em direcção à zoca, encontrei um rapaz a passear o seu amigo de quatro patas, e senti nesse instante saudades do meu cão... mais uma coisa que Évora me trouxe, sentir muita saudade dos que nos são especiais, ...
Paciência para lidar com o que não controlamos. Paciência para aceitar que há dias que a vida nos tira o tapete e caímos ao chão. Paciência para aceitar que, por vezes, precisamos ficar no chão. Aceitar situações, emoções, questionar sentimentos. Existem múltiplas perguntas na cabeça pelas quais não existem respostas. Chega sorrateira a culpa de sentir algo que não queríamos sentir. Singelamente se torna a angústia de ser preciso lidar com tudo, novamente. Lidar com assuntos que pensávamos já estar encerrados na nossa mente, no nosso coração. E a vida mostra que não. A vida mostra que há feridas que passamos para trás das costas porque sentir naquele momento seria demasiado, desajustado, quebrado. Então arrumamos as emoções. O tempo passa, os anos passam e tudo está intacto. Assim como uma estante com potes de vidro fechados com tampas, onde cada um deles representa as tuas emoções. Cada emoção ligada a um momento da tua vida. Existem potes que agarraste, foram abertos, usados, perdoad...
Hoje venho falar do primeiro livro que li, logo após a fase da adolescência, onde apenas lia os livros que todos conhecem "uma aventura". Nunca fui muito de ler, até há bem pouco tempo e hoje sinto falta de ler. As primeiras coisas que li, eram histórias de banda desenhada da Turma da Mônica, de Maurício de Sousa, ao que chamam "gibis da Turma da Mônica" no Brasil. Tenho hoje a agradecer à minha grande amiga Vera, que entrou na minha vida há cerca de dez anos e hoje é uma das minhas melhores amigas. Foi ela, como boa leitora que é (pois lê dos mais variados generos de livros) e por me cunhecer tão bem, que disse que me ia convencer a começar a ler. Assim, recomendou-me o livro "Onze Minutos" de Paulo Coelho e realmente acertou, o livro prendeu-me desde o primeiro instante que o li. O livro retrata a história de uma rapariga que está cansada da sua vida na terra natal, decidindo ir rumo à Suiça, com o objectivo de uma vida melhor. Chegada à Suí...
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