Paris

Se eu hoje escrevesse falaria sobre amor. Falaria sobre presença, falaria sobre ausência. Não poderia escrever muito, nem pouco. Sairia daquele meu jeito exagerado de sentir. Transbordava raiva, amor e gratidão. Escrever em Paris ao som de um piano não será igual a escrever em outra parte do mundo. Há um certo romance que a cidade quis manter. Há uma magia no nosso olhar pelas ruas desta cidade. Assim como em Lisboa quando choram as guitarras em nossos olhos, aqui chora o coração perdido na melodia das teclas. Melodias de uma vida. Sentida, muitas vezes desajustada, desconstruída, emocionada, desentendida. Assim sou eu. E danço ao som da música. Na fé do amor, na fé de boa gente. Gente que chega e fica; a nossa gente presente. Que quer escutar a nossa música, entender a nossa história de acordes imperfeitos. E perfeitas são estas partilhas tantas vezes desafinadas. É o que dá sentido à música da vida. Onde todas as notas existem para se conectarem entre elas. Assim é uma melodia. E cada um de nós segue o seu caminho; cada um a tocar a sua própria música. O melhor que conseguimos, com as teclas que conhecemos. Perdidos ou não, todos nós à espera de uma conexão.





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