No meu mundo
Querido diário, Em que mundo ando eu que não sei os passos que dou. A terra que piso, o vento que me toca. Em que mundo ando eu quando sinto sem nada sentir. Sem sentir o toque, a alma que me pertence. Em que mundo ando eu... Quando quero correr sem ter destino, quando quero gritar até que a voz me doa. Quando o mundo dá a volta e cada volta um recomeço. Em que mundo ando eu, quando não ouço a minha voz. Quando quero gritar e nem falar consigo. Quando consigo fingir a dor de que nada sinto. Quando preciso de um copo de vinho tinto. Em que mundo ando eu, quando dou aquele passo em frente. E quando sinto tudo aquilo que não quero sentir. Em que mundo estou eu...