Para Sempre 2.0
Querido diário, Hoje, parece que nunca é "para sempre". "Os avós eram da mesma aldeia. Conheceram-se em miúdos e antes de atingirem a maioridade, mas já a saber o que era a vida, sabiam que acabariam por envelhecer juntos. Os pais, um pouco mais tarde, mas ainda assim cedo, disseram o sim e já passaram os 30 anos juntos. Para nós, vintes, o "para sempre" pouco para sempre encerra. Quem se atreve hoje a verbalizar um "para sempre"? Há quem o vá cuspindo aqui e ali, como se o quisesse semear. Todavia, quase ninguém o diz como os avós ou os pais o disseram. Sim, podemos defender que estamos a elaborar uma versão 2.0 do "para sempre". Uma versão adaptada aos nossos dias, que vai ao encontro de um "post" nas redes sociais. Fácil de dizer e divulgar, igualmente simples de apagar e fingir que não aconteceu. Parece-me que há adaptação, mas Darwiniana. Se não se adaptar, o "para sempre" morre. Quem nos c