Destemidos
Querido diário, Aquela noite, entre as estrelas. Eu e tu e aquele luar, Onde despimos preconceitos. Onde não sabemos onde estar. Como dois desconhecidos, sempre destemidos, Que nas voltas do destino, voltamos a encontrar. Perdidos no tempo. No compasso de cada minuto, Vêm os copos, o vinho e o desalinho. Entregas. Veneras. Queimas a minha pele! O teu toque que sempre soubeste fazer. As minhas mãos que tu gostas de ter. Rasgas-me a alma e quebras todos os meus sentidos! Matas-me de prazer e daqueles gemidos! Despes-me nas nossas noites, Que amanhã somos sempre desconhecidos. Na simplicidade de um dia do que queremos ser, Nestas noites quero ser tua e que me mates de prazer. Esquece o meu eu, esquece o que é teu! Despes os meus preconceitos, Dás-me os momentos de paixão, Contigo só quero as horas de loucura, E as outras não. Entrego. Venero. Gritas! E quando quiseres gritar amor, Lembra-te que o sol já está a raiar, E que nós nunca tivemos, nem de perto nem d