Um Adeus para sempre!
"E de repente o adeus acabou. A culpa foi do até já, do até logo e do até amanhã e pronto algumas novas tecnologias. Já ninguém diz adeus, e quando o dizem - os que o dizem - já não é do mesmo modo. Um adeus dos bons tem de ser dito com dor, de preferência crónica, como quando chorávamos em pequenos por alguma coisa que nos diziam ser má e depois nos diziam que afinal não era nada má, que era tudo falso, que não era preciso ter medo apenas para que acabássemos de chorar. E o resultado é que chorávamos ainda mais. E de facto, um adeus dos bons, dos sentidos, tem de ser uma choradeira. De preferência para dentro. Não há nada mais comovente do que ver alguém a tentar disfarçar que está a chorar para dentro. Para mim, é mais comovente ainda do que chorar para fora, porque há todo um esforço do canal lacrimal que não existe no outro. Chorar para fora está ao alcance de todos, agora para dentro, a remoer como se fosse no estômago, isso só está ao alcance de alguns. E o a